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Mourão: crise com Guiana é tentativa de golpe de Maduro

Publicado por: Rudolfo Lago | 7 dez 2023

General da reserva, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi adido militar na Venezuela entre 2002 e 2004. Conhece bem, portanto, o chavismo. Quando esteve no país, o presidente era Hugo Chávez, que governou de 1999 a 2013, e foi sucedido por Nicolás Maduro, que mantém o regime. Para Mourão, o conflito que Maduro ensaia com a Guiana merece atenção. Mas ele não acredita que ele irá escalar para alguma ação militar violenta. Para Mourão, o objetivo de Maduro é outro. É um objetivo interno. “Penso que Maduro irá só fazer barulho para sustar as eleições do ano que vem”, disse Mourão ao Correio Político. A Constituição venezuelana prevê eleições em 2024, mas ainda não há uma data determinada.

Tumulto

Como não há calendário eleitoral previsto, um conflito com a Guiana poderia servir de pretexto para Maduro adiar o pleito, alegando questões de segurança, e se perpetuar no poder. Uma história repetida: Chavez ficou 14 anos no poder. E Maduro já presidente por dez anos.

Sem condições

“Conhecendo a capacidade operacional das Forças Armadas da Venezuela, eles não têm condições militares de conquistar e manter o Essequibo”, considera Mourão. Mas os alertas têm de ser mantidos: “Um conflito ali traria para cá as superpotências do mundo”, comenta.

Damares compromete-se com ensino especial

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) visitou na quarta-feira (7) o Centro de Ensino Especial 1 de Brasília. A escola é considerada referência na educação de crianças com deficiência para o país. Trabalha especialmente de forma exclusiva para crianças que têm maior grau de comprometimento. São 242 professores para 242 alunos. Ou seja: atenção integral para cada criança. No centro, oferece-se, entre outras atividades, musicoterapia, dança, serviço de orientação trabalho e oficinas pedagógicas. Além do Centro 1, há outros 12 espalhados pe DF. Damares já destinou recursos das suas emendas para a melhoria da escola.

Braskem

Como adiantou ontem o Correio Político, o agravamento da situação em Maceió fez destravar a CPI da Braskem. A CPI havia sido pedido em outubro pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), e até agora estava travada pela não indicação dos integrantes pelos líderes.

Indicações

Na quinta-feira (7), foram feitas sete indicações para a CPI. No total, a CPI tem 11 integrantes, mas com a maioria dos senadores indicada, ela já pode vir a ser instalada. Assim, haja ou não as demais indicações até lá, a intenção é instalar a comissão na próxima semana.

E o PT?

O MDB era até então o único partido que tinha indicado integrantes. Agora, se somaram também União Brasil, PDT, PSD, PSB e PL, que fez duas indicações (Wellington Fagundes e Eduardo Gomes). Fica cada vez mais ruidosa a pergunta: o PT irá indicar?

Jaques Wagner

Desde o início, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), teria desestimulado a criação da CPI. Para o pedido de criação, que contou com 45 assinaturas, o único senador do PT que assinou foi Paulo Paim (RS). Agora, a CPI poderá ser instalada sem petistas.

Rudolfo Lago