Publicado por: Bruno Lago | 26 fev 2024
Anti-herói é um tipo de arquétipo que certamente chama atenção, especialmente entre os adolescentes que querem se revoltar contra tudo e todos. São aqueles personagens que acabam fazendo a coisa certa, mas por motivações muito mais egoistas do que aqueles heróis tradicionais. Geralmente, apelando para a violência e sendo agressivos com todos.
Enquantos os heróis tradicionais muitas vezes acabam sendo vistos como “chatos”, esses são os heróis tidos como mais realistas e que acabam sendo escolhidos para serem idolatrados. Surge então o Deadpool da Marvel para fazer piada com esse tipo de personagem. Tudo é tão exagerado a ponto de se tornar caricato e virar piada. Deadpool zomba de tudo, em especial do que é relacionado a esse arquétipo.
Um arquétipo que certamente foi muito estudado pela equipe da campanha de Bolsonaro. Houve claramente um trabalho para encaixar o ex-presidente no arquétipo do anti-herói. Que não tem medo de falar o que pensa; que tem fascinio por violência; que não vai ser simpático; que vai ser completamente egoísta, mas que mesmo assim por algum motivo bizaro do acaso no final vai acabar fazendo a coisa certa. “Afinal, isso acontece nas minhas histórias e elas são tão realistas e adultas que não tem como dar errado na vida real, não é mesmo?
Porém, essa suposta versão do mercenário tagarela da Marvel está diferente! O tal anti-herói que não teria medo de falar aquilo que pensa, gritando que poderiam falar o que quisessem menos que era corrupto, que bandido bom era bandido morto. Porém, à medida que a investigação da PF vai avançando, as provas vão chegando, vai ficando cada vez clara a participação de Bolsonaro nas tramóias para dar um golpe de Estado. o discurso vai mudando. O bandido bom passa a ser o anistiado, e essa versão falsificada de Deadpool vai costurando a sua própria boca, se parecendo muito mais com a sua versão naquele filme ruim do Wolverine