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Deputado defende energia nuclear como solução

Publicado por: Rudolfo Lago | 11 mar 2024

É um grande paradoxo. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a oferta de energia no país deverá triplicar. No entanto, a conta de luz deverá ficar 5,6% mais cara em 2024, conforme a estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por que isso ocorre? Três motivos parecem se destacar. O primeiro é que boa parte da energia hoje produzida é subsidiada. O segundo é o estímulo à chamada geração distribuída, quando o consumidor produz sua própria energia, com painéis solares e outros meios. Esse consumidor deixa de pagar pela energia. O terceiro é um problema na geração solar ou eólica, que é incentivada, quando usinas termelétricas precisam ser acionadas quando falta sol ou vento.

Colapso

Para o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), uma solução seria o maior uso da energia nuclear. Em conversa com o Correio Político, Júlio Lopes observa que o modelo que está sendo usado não vem gerando benefício ao consumidor e pode mesmo acabar entrando em colapso.

Chernobyl

Durante muito tempo, a energia nuclear foi vista como uma coisa ambientalmente negativa. Pelo efeito de desastres como a explosão da usina o de Chernobyl, na Ucrânia, e mensagens de filmes como “Síndrome da China”, com Jack Lemmon e Jane Fonda.

Chernobyl

Durante muito tempo, a energia nuclear foi vista como uma coisa ambientalmente negativa. Pelo efeito de desastres como a explosão da usina o de Chernobyl, na Ucrânia, e mensagens de filmes como “Síndrome da China”, com Jack Lemmon e Jane Fonda.

Energia nuclear hoje é defendida pelo Greenpeace

“A possibilidade de acidentes hoje como o de Chernobyl é cada dia mais remota”, defende Júlio Lopes. Hoje, o uso da energia nuclear vem sendo defendido até pelo Greenpeace. James Lovelock, fundador da ONG, que morreu em 2022, aos 103 anos, defendeu em seu livro “A Vingança da Gaya”, que a energia nuclear seria uma das soluções seguras para evitar o aquecimento global por ser limpa e não gerar produção de carbono, como os combustíveis fósseis. Além disso, hoje cresce a possibilidade de construção de pequenos reatores modulares, que podem ser construídas para atender às necessidades de uma fábrica ou propriedade rural.

COP28

Na COP 28, que aconteceu no ano passado nos Emirados Árabes, 22 países se comprometeram a triplicar a quantidade de energia nuclear gerada no mundo até 2050. No entanto, no Brasil, o programa nuclear encontra-se parado, e com problemas sérios a solucionar.

Angra 3

A construção da usina nuclear de Angra 3 está parada há 20 anos. As obras estão 65% concluídas, gerando custos financeiros. A dívida da Eletronuclear, proprietária da usina no Rio de Janeiro, com as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) já ultrapassa a casa de R$ 1,8 bilhões.

Urânio

Outro ponto importante defendido por Júlio Lopes é o potencial de produção de urânio. O Brasil possui a sexta maior reserva do mineral no mundo. Mais de 300 mil toneladas. Em alta neste momento, o preço internacional do urânio varia hoje entre US$ 158 e US$ 220 o quilo.

Investimentos

“Securitizando as reservas, emitindo ações na Bolsa de Valores e iniciando a exploração, seria possível produzir com o urânio o maior programa de investimentos do país”, considera Júlio Lopes. Trabalhar o incentivo à produção nuclear é a sua principal pauta.

Rudolfo Lago