Comunicação além da mídia

BlogCorreio Político

Lula tem a comemorar com pesquisa da Quaest

Publicado por: Rudolfo Lago | 12 abr 2024

Quatro dos estados mais conservadores do país. No geral, com seus governadores mais bem avaliados que o presidente da República. À primeira vista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ficar preocupado. Mas a verdade é que a pesquisa Genial/Quaest que mediu a popularidade do governo em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás traz boas notícias para Lula. E seus resultados foram comemorados no Palácio do Planalto. A primeira boa notícia é que no levantamento nacional, com relação à rodada anterior, Lula parou de cair. Sua aprovação manteve os mesmos 51% da rodada anterior (contra 46% de desaprovação). Mas a melhor notícia está mesmo relacionada à avaliação específica nos quatro estados nos quais a pesquisa desceu a maiores detalhes na verificação.

Melhor agora

Em todos eles, Lula aparece agora com índices melhores do que aqueles que obteve no segundo turno da eleição presidencial, em 2022, mesmo nos estados onde perdeu. Em São Paulo, por exemplo, Lula perdeu para Bolsonaro na eleição: 55,23% contra 44,77%.

Aprovação

Agora, o percentual dos paulistas que disseram aprovar o governo foi maior do que aqueles que desaprovam. Em São Paulo, Lula teve 50% de aprovação contra 48% de desaprovação. Em Minas Gerais, Lula venceu a eleição por margem muito pequena.

No Paraná e em Goiás, mais que os votos que teve

Em 2022, Lula teve 50,20% dos votos, e Bolsonaro 49,80%. Agora, a aprovação do governo entre os mineiros anotada na pesquisa Genial/Quaest foi de 52% contra 47% de desaprovação. No Paraná e em Goiás, o percentual de desaprovação do governo foi maior que o de aprovação. Mas superiores aos votos que Lula obteve em 2022. No Paraná, Bolsonaro obteve 62,40% dos votos. E Lula, 37,6%. Na pesquisa, a aprovação ficou em 44%. E a desaprovação em 54%. Em Goiás, Bolsonaro venceu com 58,71%, e Lula teve 41,29%. Na pesquisa, a aprovação de Lula ficou em 49%, quase oito pontos acima, e a desaprovação em 50%. O desafio de Lula é a boa aprovação dos governadores, que é maior que a dele.

Brazão

Talvez seja difícil tomar a aprovação da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) como termômetro para medir a correlação de forças dentro da Câmara. Ele é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco. O fato desequilibra a análise.

Lira

Em princípio, a manutenção da prisão poderia significar uma perda de poder do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de seu favorito para sucedê-lo, Elmar Nascimento (União-BA). Mas a gravidade do crime podem fazer do caso ponto fora da curva.

PSD

De qualquer modo, a posição do PSD, que votou majoritariamente pela prisão de Brazão, pode reforçar os laços do partido com a oposição, melhorando a posição na disputa de Antônio Brito (PSD-BA). No caso de Elmar, ele pode agora ter se consolidado pela oposição.

Elmar

Elmar foi o grande artífice da tentativa de soltura de Brazão. Perdeu, mas os votos foram expressivos: 136 votaram não à prisão, se abstiveram ou faltaram. Tal situação pode fazer com que Elmar concentre a preferência conservadora, tirando chances de outros conservadores.

Rudolfo Lago