O PT divulgou na segunda-feira (13) uma relação de 31 candidaturas próprias e alianças para as eleições municipais deste ano. Segundo o partido, com essa relação, já está fechado como o partido irá se posicionar em 95 disputas em municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Embora o PT esteja lançando candidatos próprios na maior parte, a relação divulgada mostra uma amplitude conceitual mais pragmática com relação aos apoios que fará. Se, por exemplo, a aliança é à esquerda em São Paulo, no apoio à candidatura de Guilherme Boulos (Psol), há outros municípios nos quais o PT irá não apenas ao centro, mas até à direita. Se em São Paulo, o MDB será adversário, o PT apoiará emedebistas em outras capitais.

Acre e Bahia

O PT e o MDB estarão unidos, por exemplo, nas capitais do Acre e da Bahia. Em Rio Branco, o apoio fechado é ao ex-prefeito Marcus Alexandre. E em Salvador, os petistas apoiarão a candidatura do vice-governador da Bahia, o emedebista Geraldo Júnior.

Republicanos

Mas o arco de alianças divulgado vai bem mais longe, dentro do leque de partidos que fazem parte da base do governo Lula, ainda que mais ou menos. Então, há aliança com o União Brasil, por exemplo, em Parauapebas (PA). E até com o Republicanos em Francisco Morato (SP).

Em 12 capitais, PT terá candidatura própria

Na segunda (13), o PT anunciou candidaturas próprias em 12 das 26 capitais. A maior delas será Belo Horizonte (MG), com o deputado Rogério Correia. Levantamento feito pelo Paraná Pesquisas em março, porém, não o mostrava bem posicionado. Correia tinha apenas 5,8%. Na frente, apareciam Joâo Leite (PSDB), 16,6%; Carlos Viana (Podemos), com 16,2%, e Bruno Engler (PL), com 14,9%. Em Fortaleza (CE), o PT irá com o deputado estadual Evandro Leitão. Paraná Pesquisas também de março o mostrava com 8,3%. Lidera Capitão Wagner (União Brasil), com 33,3%. Em Porto Alegre (RS), o nome será a deputada federal Maria do Rosário.

Goiânia

Entre os candidatos petistas nas capitais, o nome que parece mais forte por enquanto é a deputada federal Adriana Accorsi, em Goiânia (GO). No Paraná Pesquisas em fevereiro, ela aparecia empatada com o senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o deputado Gustavo Gayer (PL).

Sem capital

Como mostrou o Correio da Manhã no mês passado, no entanto, a situação do PT na disputa municipal não é, no momento, nada confortável. Se as eleições fossem hoje, o partido de Lula não faria nenhum prefeito de capital. O pior resultado com o PT no poder federal.

Popularidade

No fundo, é um cenário que reflete os problemas de popularidade de Lula e do PT. Como mostra pesquisa Genial/Quaest desta segunda, 55% dos entrevistados disseram achar que o presidente, pelo que vem fazendo até agora, não mereceria um segundo mandato em 2026.

Comunicação

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