Você sabia que, nestes últimos 20 anos, o Planeta Terra teve 7 grandes epidemias? E tem mais, que uma delas também virou uma pandemia com milhares de mortes em diversos lugares do mundo! Então, vamos refrescar a memória: 2002/SARS; 2005/H5N1; 2009/H1N1; 2012/MERS; 2014/EBOLA; 2016/ZYKA. Está bom ou quer mais?! Pelo jeito, o ser humano precisava de mais e foi daí que veio a COVID-19 ou Coronavírus em 2020. Eu me pergunto o que está acontecendo com a gente… ou pior… o que vai ser da gente… ou mais… se vamos conter essa gente que insiste em crescer sem planejamento, cheia de ambição material, com necessidades nunca satisfeitas e um consumo pra lá de exagerado.
O resultado desse comportamento ganancioso, vaidoso e desequilibrado no Planeta Terra é o que vem causando estas repetidas epidemias em tão pouco tempo. Se a humanidade não for mais humana – no sentido de cuidar da própria espécie – esse tempo ficará ainda mais curto e poderá colocar em “xeque-mate” à sobrevivência da raça na Terra. Viver poderá se tornar algo insuportável para os nossos filhos e netos num planeta que pulou de 1 bilhão de habitantes há 100 anos para 7,7 bilhões agora. Se a praga do Coronavírus cresce em progressão geométrica, a praga da satisfação dos desejos humanos a qualquer custo vai superar essa projeção para uma população, estimada até o final do Século XXI, de mais de 11 bilhões de pessoas. Acha pouco ou quer mais? Então, vamos lá!
O cientista Dennis Carroll, criador do Programa Predict da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), em uma entrevista nesta semana ao Jornal de Brasília (JBr), disse que o que estamos vivendo ainda é o início de uma série de epidemias que começou mas que ainda não tem data para acabar. Ele foi o primeiro cientista que alertou sobre a possibilidade de uma pandemia vinda da China, neste ano, com a antecedência e a autoridade de quem já investiga o assunto em outros lugares do mundo há mais de dez anos. Na entrevista ao JBr, Carroll, fez outra triste previsão: “Qualquer país que não ouvir sua liderança em saúde pública pagará um preço muito alto, tanto em termos de impacto na vida humana, mas também num desastroso impacto econômico”.
Chegamos ao impacto na Economia… tão debatido, no Brasil e também em outros países, nos últimos dias. A questão econômica é o pano de fundo de todo esse problema que vivemos com o Coronavírus. Porém, a discussão que trago à tona para refletir não é o impacto dessa pandemia para a economia mundial. O que trago à reflexão é a mudança econômica que impactou de tal forma o mundo a ponto de gerar uma epidemia mundial. Precisamos inverter o eixo do raciocínio dos debates acalorados à respeito da Economia e do Coronavírus em relação à vida humana. Uns defendem que as vidas devem ser preservadas a qualquer custo, inclusive do custo de uma derrocada da economia de muitos países. Outros já dizem que se a economia naufragar, não haverá mais vidas a serem preservadas porque as pessoas morrerão de fome sem seus empregos antes que a cura do vírus tenha sido descoberta.
É nesse ponto que provoco uma outra reflexão que – ao meu ver – vem bem antes da que já é tão discutida no Brasil e no mundo. O que devemos refletir é no que vem gerando tantas epidemias, e até pandemias, no Planeta Terra em tão pouco tempo. Refletir quais são as causas que levaram um renomado cientista a alertar que estamos só no início do “Ciclo das Pandemias”. Só essa afirmação já me soa tão aterrorizante que decidi escrever para que possamos pensar juntos numa solução – não só de combate ao COVID – mas numa solução para cessar novos coronavírus, novos ebolas, novas gripes suínas ou seja lá qual for o nome da próxima desgraça a abalar todo o planeta. Se uns dão como origem dessa crise mundial um propósito divino, no qual Deus irá consertar a raça por Ele criada, ou se ainda outros afirmam ser fruto da Natureza, que reclama das destruições cometidas pela raça humana, o que entendo é que – independente da origem – estamos caminhando para um extermínio da vida na Terra se não mudarmos nossas atitudes, pensamentos, hábitos e costumes. Se não enfrentarmos essa crise como sendo originada por cada um de nós que compra produtos “made in … qualquer lugar” só para satisfazer o desejo de consumo ou resolver um problema emocional. Se não houver um entendimento que o que causou à pandemia da COVID-19 não foi um vírus transmitido pelos chineses, mas sim um vírus consumista que se propaga geometricamente muito mais rápido do que quaisquer das atuais epidemias. Se não mudarmos o presente doente em que vivemos para um futuro saudável, esse será só mais um surto à espera do próximo que virá. Isso é muito mais triste!
A Ciência identifica como causa dessas mais recentes doenças mundiais a mudança de hábitos de consumo da população. Os chineses, agora, podem comer proteínas variadas – misturando criações de animais selvagens com domésticos e causando a proliferação de vírus desconhecidos – mas essa realidade só existe porque esse mesmo povo, até poucas décadas atrás, enterrava seus parentes mortos por fome. Entre eles, a prática de se alimentar de insetos e outros bichos estranhos não aconteceu porque fossem “exóticos” mas porque passavam fome. Agora, a mesma população pode comprar comida e não morre mais de fome porque o mundo consome, enlouquecidamente, o que produzem e eles têm dinheiro suficiente para que essas mortes virassem coisa do passado. Porém, os hábitos adquiridos nos tempos de escassez mudou o paladar e se agora há dinheiro para comprar comida, o gosto pelo “exótico” virou parte da cultura alimentar dos asiáticos. O mesmo ocorre nos países africanos, devastados por guerras e fome, e que na necessidade de sobrevivência passaram a consumir animais que não faziam parte dos hábitos alimentares deles e também misturaram as criações por desconhecimento e necessidade. Porque se a comida é escassa, nestes locais, a educação e a higiene são muito mais!
Portanto, a Economia é sim a questão fundamental a ser discutida nessa nova pandemia. Não a discussão das consequências econômicas que virão com ela, mas das consequências econômicas que levaram a ela. Mudanças de hábitos, mas também de uma postura consciente e responsável em prol da continuidade do planeta e não somente dessa geração focada em consumir. Se isso continuar e nada for feito, eu temo que o causador da “Epidemia do Ódio” e da ‘Pandemia do Terror” – Adolf Hitler – esteja certo quando, em 12 de novembro de 1940, na comemoração de aniversário da sua amante e também esposa de seu ministro da Propaganda Joseph Goebbels, na presença de outro tenebroso ser humano, o marechal nazista Hermann Goring, proferiu que ser vegetariano seria uma necessidade a ponto de se tornar – nas palavras previstas pelo nefasto fuhrer – “a religião do futuro”. Pedimos a Deus, ainda que você seja ateu, que nos salve dessa profecia e que haja mais equilíbrio no planeta a ponto dele – seja pelo Criador ou seja pela Natureza – não ser obrigado a lançar mais pragas e novas epidemias para tentar equilibrar os exageros cometidos pela raça humana.